Saúde oral dos adolescentes portugueses é deficiente

Com o objectivo de caracterizar os comportamentos de saúde oral dos adolescentes portugueses, 7 mil jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, oriundos de escolas públicas de Viseu, foram submetidos a um questionário que avaliou os seus hábitos de higiene oral e as suas condições socioeconómicas.

O estudo, da autoria de Nélio Veiga, revelou que, no que toca à higiene oral, as raparigas são mais cuidadosas que os rapazes, escovam mais vezes os dentes, utilizam com maior frequência o fio dentário e consultam mais vezes o dentista.

Foi verificado que a frequência da escovagem está relacionada com as habilitações literárias dos pais, “quanto mais escolarizados são os pais, maior é a probabilidade de o jovem escovar os dentes duas ou mais vezes por dia, seguindo as recomendações clínicas”, revela Nélio Veiga em comunicado de imprensa.

O estudo constatou ainda que só 4,4 por cento dos adolescentes utilizam habitualmente fio dentário, que 55 por cento consultaram o dentista no ano anterior ao estudo e que 13 por cento dos participantes nunca tinham sido vistos por um especialista de Medicina Dentária. Os requisitos para uma boa higiene oral foram cumpridos apenas por 1,1 por cento dos adolescentes.

Nélio Veiga conclui que “é preocupante que uma elevada proporção de adolescentes não realizem consultas de rotina, visitando o médico apenas quando têm dores de dentes”. Para melhorar os conhecimentos e os comportamentos relacionados com a saúde oral dos adolescentes, o investigador propõe que sejam criados programas comunitários.

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