Obesidade infantil: DGS quer código boas práticas nas ementas

O responsável pela Plataforma contra a Obesidade defende que as empresas que organizam festas para crianças devem adoptar um código de boas práticas que evite a promoção de alimentos ricos em sabor e pobres em qualidade.

João Breda manifestou-se preocupado com a existência cada vez maior de empresas que organizam festas para crianças que incluem lanches altamente calóricos e garante que a Direcção-Geral da Saúde (DGS), organismo a que pertence, está atenta ao fenómeno.

Para o responsável pela Plataforma contra a Obesidade, que entre os vários objectivos visa reduzir a obesidade nas crianças e nos jovens nos próximos quatro anos, as festas infantis são um óptimo pretexto para a promoção de alimentos saudáveis.

«Da mesma forma que as crianças se divertem a comer alimentos pouco saudáveis, também irão estar satisfeitas se praticarem uma alimentação saudável, usufruindo da cultura de grupo que é muito motivante e não deve ser desperdiçada com maus hábitos», explicou.

Segundo João Breda, as crianças aprendem «por contágio» a comer alimentos mais saudáveis.

Este responsável da DGS considera que não há justificação para as ementas não serem compostas por alimentos saudáveis e critica as empresas se estiverem a fazê-lo para obter mais lucros.

Para evitar estes «abusos», defende a adopção de um código de boas práticas e alerta os pais para estarem atentos à composição das ementas nas festas com que pretendem alegrar os filhos.

João Breda alerta para a existência de um terço de crianças portuguesas com peso a mais e questiona: «Nessas festas também há crianças com peso a mais. Que preocupações têm as empresas com estes jovens?».

Mais de metade da população portuguesa tem excesso de peso e uma em cada três crianças tem sobrepeso. Dez por cento são obesas.

 

Fonte: Diário Digital / NBRSolutions
06/12/2007